sábado, 27 de setembro de 2008

Ah, o ''presente dos deuses''

Tem tanta coisa de política pra se contar, mas ainda faltam algumas peças no quebra-cabeça pra entender essa coisa aqui.
Enquanto isso estou podendo apreciar essa coisa tão boa chamada cerveja! Como a culinária, cultura e sotaques de regiões que em todo o mundo se percebe, aqui os departamentos (estados) bolivianos tem geralmente uma cerveja típica. E a boa nova é que todas são muito boas.
Basicamente uma empresa que produz, a Cerveceria Nacional Boliviana.
As principais marcas são: Taquiña, Stout e Amber (Cochabamba), Paceña Pico de oro (a mais consumida do país) e Paceña Centenária (La Paz), Potosina (Potosí), Sureña (Chuquisaca). Há outras marcas sem identidade departamental, como a Bock (7% de graduação alcoólica), a El Inca bi-cervecina (tipo Malzbier) e a Ducal (a única que não pude experimentar).
Há também uma iniciativa de concorrência da Cerveza Auténtica, da Compañia Cerveceira Boliviana, mas com um nicho muito especifico em El Alto e La Paz.
A melhor para mim é a Potosina, que apesar de não formar uma espuma consistente tem um sabor incrível, comparado apenas com a Eisenbahn Pilsen no Brasil. A mais consumida é a Huari, que tem um status de Bohemia e realmente é muito boa.
Tive também a oportunidade de experimentar duas cerveja mexicanas: a famosa Corona (aguaaada) e a Negra Modelo, uma amber lager muitíssimo agradável.
Uma pena não ter polenta frita por aqui pra acompanhar bebidas tão saudáveis e saborosas...

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Ausência

Como explicar essa falta de interesse? Não, realmente fui relapso e flojo, mas tive meus motivos.
Provas, pouco acesso à internet (não por falta de infra-estrutura, já que a internet é como o celular no Brasil... aliás o celular aqui é coisa que até as chollas têm, mas isso é um futuro assunto), tristeza e irritação pelo Google, tão amado por mim, ter apagado meu Orkut. Como meus pais e amigos se preocuparam por mim, digo de uma vez: aqui em Cochabamba não ocorreu nada do que a TV brasileira mostrou sobre os conflitos bolivianos (ok, uma manifestação de mineiros aconteceu na praça principal, mas eles só arremessaram algumas bananas de dinamite).
Agora que aparentemente passaram os períodos tormentosos vou tentar voltar a contar um pouco do meu cotidiano (droga, entrei na famosa rotina), de política, de comidas, de cervejas, e de umas viagens que estão por ocorrer: há!

P.S.: Boa notícia: o Google voltou atrás com sua decisão mesquinha!

sábado, 13 de setembro de 2008

Duas coisas que odeio e uma que gosto

Poderia falar sobre as coisas que mais gosto aqui, mas estou muito estressado. Faz tempo que não escrevo por aqui e realmente não estou tendo muito acesso à internet.
Odeio filas (ou a ausência, melhor dizendo). Aqui se você quer ser respeitoso e formar uma fila, já era, malandro, espere uma eternidade porque sempre alguém vai entrando pelos lados.
Odeio o serviço público. Estou a beira de uma crise de nervos. No Brasil somos mal atendidos. Aqui além da falta de polidez no atendimento, não sabem informar nada e sempre se acaba fazendo a coisa errada.
Uma coisa que gosto é não entender ainda por completo qual é a dos bolivianos. Tudo ainda é um mistério pra mim. E digo principalmente da política, que sempre me fascinou e juro não ter ainda uma opinião sólida do porque as coisas estão acontecendo assim. Tenho lido muito, assistido documentários e conversado com as pessoas que parecem ter opiniões mais sérias.
E, para a tranquilidade de quem possa estar preocupado com as notícias, está tudo bem aqui em Cochabamba. O povo daqui é bem apático à situação política que o país vive, principalmente depois dos incidentes da Guerra da Água de 2000 e do 11 de janeiro de 2007.