sábado, 23 de agosto de 2008

Culto à...

Obviamente que aqui como o idioma é outro eu não esperava ouvir as mesmas musicas que no Brasil. E até me surpreendi com algumas coisas que tenho ouvido. Nada de Maná, Shakira ou Juanes. Eu pouco conhecia de música latina ou em castelhano, das que lembro as famosas argentinas (Attaque 77, Soda Stereo, Fito Paez, Bersuit Vergarabat, Motolov, Gotham Project, Él Mató a un Policía Motorizado), os mexicanos do Café Tacuba e aqueles Los Hermanos, ops, esses não.
Aqui quase não se ouve outra língua nas musicas, ainda mais com os fenômenos do reggaeton e da cumbia argentina. Praticamente é o efeito funk carioca repetido em nossos vizinhos sudamericanos. Aparentemente essa musica da massa que fala muita coisa suja e sem sentido pra maior parte da população toca em outros países que hablan españa. Em todo caso, pouca coisa que ouvi por aqui me agradou, mas o que mais tem me agradado são os filmes e a literatura.
Não os filmes que passam na TV, as peliculas inéditas no melhor sentido: hoje as 19h passará Hancock! Engraçado, no Brasil temos uma pirataria gigantesca, mas aqui vários canais passam as cópias telesync, ou seja, aquelas que são filmadas no cinema e caem na internet. Os filmes que tenho visto são muito bons, graças ao querido e novo amigo Alvarito, que tem um bom gosto muito grande. Me recomendou vários filmes em espanhol, não só alguns bolivianos, mas também argentinos, peruanos e mexicanos, todos excelentes. Ficam recomendados: El traco (boliviano), sobre um mega assalto que ocorreu na década de 70, e Voces inocentes (mexicano), ganhador de um Urso de Cristal em 2005 que fala sobre a guerra civil salvadorenha.
Outra coisa legal que conheci aqui é o grupo de comediantes Les Luthiers, 5 argentinos que desde o fim dos anos 60 fazem comédia musical. Muito bom, lembra um pouco os Monty Python, mas menos ácido.
Quanto à literatura logo que cheguei pedi dicas de autores bolivianos. Logo de cara Alvarito me disse: Marcelo Quiroga Santa Cruz com sua novela Los Desabitados. Ainda não consegui começar a ler por que estou lendo um livro de anedotas e Presidencia Sitiada, de Carlos Mesa, ex-presidente boliviano e historiador (inclusive tenho que comprar seu outro livro Historia da Bolivia para minhas aulas homônimas). Aqui ele narra sua ascensão desde jornalista à presidente, de um ponto de vista muito pessoal e subjetivo. Estou conseguindo entender muito mais a politica, de uma forma local e global, e principalmente a sociedade boliviana. Encerro esse post com um paragrafo seu que demostra meus objetivos aqui nesse país tao singular:
''Me volví a conocer, me reconocí quizás en una respuesta íntima. Era posible concectar dos percepciones en una sola, era posible hacer florecer la piel, desnudarla de la coraza gélida indispensable de lo intelectual. En esos pocos minutos entendí muchas cosas. Una fascinación, una forma seductora, un juego de abalorios peligroso, el vendaval veleidoso que hace que una misma masa te lleve al trono o al cadalso, porque la emoción es como un huracán que se lleva hasta la última brizna, a la gloria o al desastre.''

Um comentário:

Unknown disse...

Hóla MiNino!
Passei Pra Ler e Deixar Um Beijinho!
Miss Ya!
NolD.
;*